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quinta-feira, 30 de abril de 2020

LUZ DA VIDA

LUZ DA VIDA
Surge majestoso no horizonte
Garboso, altivo e imponente
Descortina o palco da vida
Agora, brilhante e incandescente
Afugenta a escuridão da alma
Deixa a minha seara, 
Flourida e reluzente.
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Jean Carlos Goncalves.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

MEU SILÊNCIO


MEU SILÊNCIO
O silêncio é o combustível para manter resistente os que não acreditam mais em sua própria capacidade para dialogar com este mundo de simulacros.

(Jean Carlos Gonçalves)


segunda-feira, 13 de abril de 2020

ALTERIDADE

Por Francisco Porfírio*

A alteridade é o reconhecimento de que existem pessoas e culturas singulares e subjetivas que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras. Reconhecer a alteridade é o primeiro passo para a formação de uma sociedade justa, equilibrada, democrática e tolerante, onde todas e todos possam expressar-se, desde que respeitem também a alteridade alheia.


Significado de alteridade

O dicionário Aurélio traz a seguinte definição de alteridade:

“al.te.ri.da.de - (francês alterité) - substantivo feminino - 1. Qualidade do que é outro ou do que é diferente. - 2. [Filosofia]. Caráter diferente, metafisicamente.”|1|

A palavra alteridade advém do vocábulo latino alteritas, que significa ser o outro, portanto, designa o exercício de colocar-se no lugar do outro, de perceber o outro como uma pessoa singular e subjetiva.
A alteridade é o reconhecimento e o respeito das diferenças entre as pessoas.
A alteridade é o reconhecimento da diferença, tanto no significado linguístico comum quanto no significado filosófico, pois a alteridade é o que é, por essência e definição, diferente. Segundo Nicola Abbagnano, lexicólogo que publicou um imenso dicionário de termos filosóficos, alteridade significa “ser outro, colocar-se ou constituir-se como outro”|2|.

Alteridade na psicologia

O significado de alteridade para a psicologia não se encontra afastado dos significados filosófico e comum do termo, com a exceção de que os psicólogos serviram-se muito dos estudos antropológicos para incrementar um significado no termo que remete à cultura. O ato de enxergar o outro como um ser singular implica reconhecer que o outro é diferente de você. O reconhecimento da diferença individual é o primeiro passo para o exercício do respeito e da tolerância, pois se você quer que a sua individualidade seja respeitada, é necessário que, antes, você respeite a individualidade do outro.

Segundo o Dicionário de psicologia, alteridade é o “conceito que o indivíduo tem segundo o qual os outros seres são distintos dele. Contrário a ego”|3|. Enquanto o ego é a instância individual, a alteridade leva-nos ao reconhecimento do coletivo.

Nesse sentido, é a alteridade que pode garantir a coesão social, por exemplo. Também é a alteridade e seu reconhecimento a chave para evitar o etnocentrismo, a exploração de outros povos e a escravidão. Pensando com a antropologia, alteridade é o meio pelo qual é possível enxergar nas outras culturas as suas especificidades, evitando o prejulgamento.

Alteridade e etnocentrismo

antropologia originou-se como uma ciência fortemente etnocêntrica. Edward Burnett Tylor e Herbert Spencer, os primeiros antropólogos ingleses, propuseram uma teoria, que chamaram de classificação das raças, extremamente racista e etnocêntrica.

Para os pensadores, havia uma hierarquia das raças que se atestava pela cultura: quanto mais claras as pessoas, mais desenvolvida a cultura, ao passo que as sociedades formadas por pessoas de peles mais escuras tendiam a desenvolver culturas inferiores. Ora, essa visão racista e etnocêntrica, que vinculou o antigo conceito de raça à cultura, vai ao extremo oposto do que diz o significado de alteridade.
Franz Boas foi um importante nome para o estudo das sociedades e etnias periféricas, de acordo com o eurocentrismo.
Somente o geógrafo e antropólogo alemão, radicado nos Estados Unidos, Franz Boas conseguiu enxergar a necessidade de desvincular “raça” de cultura. Para o pensador, entender uma sociedade significava entrar nela, aprender a sua língua, conviver com seus nativos e, sobretudo, deixar de lado os preconceitos e a visão da sua própria cultura. Caso contrário, o efeito esperado poderia ser o de olhar para a cultura diferente da sua como sendo inferior.

Outro importante antropólogo do século XX, o polonês Bronislaw Malinowski defendeu que a imersão na cultura deve ser total e completa e que o antropólogo deve passar muito tempo na sociedade em questão para de fato compreendê-la.

Esse exercício, enunciado pela primeira vez por Boas e colocado como método por Malinowski, foi bem descrito no livro Argonautas do Pacífico Sul. Interpretando a obra de Malinowski, podemos dizer que a alteridade é uma peça fundamental ao antropólogo, pois sem ela o estudioso cai na armadilha do etnocentrismo.

Alteridade e empatia

É comum o pensamento de que alteridade e empatia são sinônimos, porém são termos diferentes. Enquanto a empatia refere-se à capacidade de colocar-se no lugar do outro, sentir a dor do outro de maneira imaginária ou por analogia, a alteridade é a capacidade de reconhecer que o outro é daquele jeito porque ele é, essencialmente, diferente de você. Além do reconhecimento da diferença, a alteridade propõe um respeito ético ao outro como ser singular. É na alteridade que surge a tolerância.
Reconhecer a dor do outro e respeitá-lo é um duplo exercício de empatia e alteridade.

Exemplos de alteridade

Segundo o sociólogo polonês contemporâneo Zygmunt Bauman, o mundo está cada vez mais fragmentado. A tendência atual é a do individualismo, um estilo de vida que leva ao egoísmo. Nesse sentido, a alteridade encaixa-se em momentos de coletividade, dando lugar à tolerância. Vejamos alguns exemplos de alteridade:

Imagine que imigrantes e refugiados comecem a entrar em seu país, passando a habitar a sua cidade. Exercer a alteridade, nesse caso, é reconhecer que aquelas pessoas sofreram e que elas saíram de suas terras natais porque foram obrigadas ou porque queriam levar uma vida digna. Exercer a alteridade, nesse caso, é acolher e oferecer o apoio possível a elas.
Imagine que você seja praticante de uma religião cristã, de vertente católica. No mundo existem cristãos protestantes, cristãos espíritas, muçulmanos, hindus, candomblecistas etc. A alteridade reside, nesse exemplo, no fato de que você deve reconhecer a história e a individualidade de cada pessoa e respeitar a escolha religiosa dela sem prejulgá-la.
Notas:
|1| HOLANDA, Aurélio B. Dicionário da Língua Portuguesa. 6. ed. Curitiba: Positivo, 2004.
|2| ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 35.
|3| Dicionário de Psicologia. São Paulo: Itamaraty, v.5, 1973., p. 75

____________________
Por Francisco Porfírio*
Professor de Sociologia

PORFíRIO, Francisco. "Alteridade"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceito-alteridade.htm. Acesso em 13 de abril de 2020.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Os conceitos de Globalização, Mundialização e Internacionalização

Os conceitos de Globalização, Mundialização e Internacionalização 


Globalização
A globalização é um dos principais temas abordados pela Geografia. O conceito passou a ser utilizado no início dos anos 80, momento em que a tecnologia de informática se associou à de telecomunicações, porém há quem conteste essa data e defenda que a globalização começou mais tarde, somente com a queda das barreiras comerciais.
A globalização é um fenômeno do modelo econômico capitalista, e pode ser definida como o processo que abrange aspectos políticos, econômicos e sociais, acarretando maior integração e intensificação entre os países e as pessoas. Ela está presente nas nossas rotinas e exerce grande influência em diversos aspectos do nosso cotidiano. Ou seja, ela diz respeito a como os países interagem e aproximam pessoas, e, ao mesmo tempo, interligam-se ao mundo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam informações, realizam transações financeiras e comerciais, e designam muitas coisas ao mesmo tempo.

Vale destacar que a globalização é visível em diferentes escalas e possui consequências variáveis de acordo com cada país, na qual os países mais ricos são os mais beneficiados por esse processo. Assim, as principais beneficiadas pelo processo de globalização são as empresas transnacionais, visto que essas continuam tendo suas matrizes em seus países de origem e abrem filiais nos países em desenvolvimento. Essas ações fazem com que elas expandam seu mercado consumidor, além disso, obtêm mão de obra e matéria-prima baratas, e utilizam-se também de outros benefícios, como por exemplo as isenções de impostos, fatores esses que intensificam ainda mais o lucro alcançado por essas empresas no decorrer dos anos.

Se por um lado o processo de globalização possui muitas vantagens, como o desenvolvimento tecnológico que torna mais fácil a vida das pessoas, de outro, também nos apresenta uma série de consequências, como a concentração da maior parte do dinheiro nos países desenvolvidos, pois esses passam a produzir lucros exorbitantes, que gera uma brutal concentração da riqueza, de forma que os países em desenvolvimento não conseguem acompanhar os avanços da tecnologia dos países desenvolvidos, refletindo esse quesito diretamente em sua economia.
Pode-se concluir que a globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, da amplificação do sistema-mundo de todos os lugares e em todos os seres humanos, com mais ou menos intensidade.

Mundialização

O conceito de mundialização é muito utilizado como sinônimo do conceito de globalização, porém, apesar de seus eixos de conexão, não podemos entender esses dois processos como iguais. Dreifuss (1996), Ortiz (1994) e inúmeros outros estudiosos diferenciam o conceito de mundialização de globalização, pois se referem a ele como um processo que envolve a esfera cultural, sendo marcantes nesse conceito os fatores associados aos modos de vida. Assim, ao tratarmos do conceito de mundialização, estamos falando sobre a incorporação e assimilação de hábitos e costumes de outros lugares do mundo, que acarretam mudanças em nosso modo de vida.

Deste modo, enquanto a globalização enfatiza os processos de natureza econômica e tecnológica, na mundialização, o que se sobressai são os processos culturais. Entretanto, os processos econômicos e tecnológicos também se fazem presentes na mundialização, ou seja, incorpora-se tanto esse fenômeno de nossa sociedade global, quanto um universo mais simbólico atrelado ao cultural que se reproduzem em escalas variadas de acordo com cada sociedade.
Por isso temos a tendência em detectar a mundialização por meio de seus sinais exteriores. McDonald’s, Coca-Cola, cosméticos Revlon, calças jeans, televisores e toca-discos são sua expressão. Nos pontos mais distantes, Nova York, Paris, Zona Franca de Manaus, na Ásia ou na América Latina nos deparamos com nomes conhecidos (…). Qual o significado disso? Que a mundialização não se sustenta apenas no avanço tecnológico. Há um universo habitado por objetos compartilhados em grande escala. São eles que constituem nossa paisagem, mobiliando nosso meio ambiente. As corporações transnacionais, com seus produtos mundializados e suas marcas facilmente identificáveis, balizam o espaço mundial. (ORTIZ, 2000, p. 107).

Internacionalização 

A internacionalização é um conceito aplicável em várias áreas, devendo ser compreendido como as trocas econômicas, políticas, culturais, e também as reações decorrentes dessas, que são realizadas entre diferentes nações de todo o mundo. Para Harris e Wheeler (2005), a internacionalização é o processo de comercialização dos produtos ou serviços de uma empresa, fora do seu mercado local ou de sua origem, ou seja, voltada ao mercado externo. De acordo com HAESBAERT e LIMONAD (2007), a internacionalização corresponde às trocas econômicas, porém, essas carregam em si aspectos políticos e culturais, que atuam como ampliadores das fronteiras nacionais. 
O Brasil tem desenvolvido uma série de processos que resultam nessas relações de internacionalização, principalmente no que diz respeito a atuação de empresas no exterior e também da internacionalização de setores da educação, especialmente no ensino superior. 

Anteriormente, para uma empresa se internacionalizar ela dependia de uma série de procedimentos, tais como: de exportação ocasional; de exportação por intermédio de um agente; de exportação por intermédio de uma filial comercial; e de implantação produtiva que substitua parcial ou totalmente o fluxo de exportação. Hoje em dia a internacionalização já abrange uma rede de acordos inter empresariais que sobressaem as fronteiras políticas, e suprimem as fronteiras econômicas nacionais. Entretanto, é necessário atentarmos para a distinção de internacionalização, do conceito de comércio internacional, pois esse se refere exclusivamente a importações e exportações, sendo a internacionalização um processo muito mais amplo e complexo.

As diferenças e as características predominantes dos conceitos

Os termos globalização, mundialização e internacionalização são utilizados muitas vezes de formas indistintas. No entanto, alguns estudiosos da área preferem utilizar o termo globalização quando abordam processos econômicos e tecnológicos, e utilizar a terminologia de mundialização para se referir aos processos de ordem cultural (HAESBAERT; LIMONAD, 2007).
Deste modo, a globalização é a demonstração da sociedade do ponto de vista mundial, é o crescimento da independência de todos os povos e a junção de todos os países, como se estivéssemos interligados e sobrepostos às fronteiras existentes anteriormente a esse processo.
Globalização é a maneira como a sociedade atual, etiquetada de "aldeia global" (IANNI, 1990), está condicionada pelo poder econômico. Ou seja, é uma certa fase da mundialização mas com uma certa especificidade e que se caracteriza pelo reforço da ideologia neoliberal, pelo aumento do capital fictício até níveis nunca anteriormente atingidos, num contexto de articulação e mundialização acelerada dos mercados financeiros e pela adoção de políticas econômicas, nacionais e internacionais, que reforçam o papel das multinacionais (HALL, 1990) (TIISEL, 2018, p. 04).
Isto posto, ela está centrada no poder econômico com forte influência da política econômica neoliberal, e descentralizada territorialmente no que se refere a produção e administração de uma empresa. Ou seja, a globalização não é somente o novo dogma dos economistas, mas deve ser caracterizada como uma nova racionalidade das instituições internacionais e multilaterais dos países. 

Desta maneira, pode-se concluir que a globalização é o resultado de significativas alterações estruturais do processo de internacionalização. Simplificadamente, a mundialização pode ser compreendida como o resultado da multiplicação e da intensificação das relações que se estabelecem entre os agentes econômicos situados nos mais diferentes pontos do espaço mundial. Ou seja, a globalização não deve ser entendida como um processo antigo, mas sim como uma nova fase do sistema capitalista, em que a mundialização aparece com a característica principal da globalização, que salvo as características estruturais (qualitativas e quantitativas), na pior das hipóteses, poderia ser utilizada como sinônimo de globalização. 

Assim, a mundialização que é uma troca cultural de informações e conhecimentos entre sociedades, passa a aparecer em diversas análises como uma mudança qualitativa no quadro dos processos de internacionalização anteriores a ela. Abaixo, elencamos algumas características que merecem destaque no que se refere à globalização.

Características da Globalização 

● Integração social, econômica e política;
● Conexão às localidades distantes;
● Impulsionamento do comércio mundial com movimentação de capital,
● União de mercado mundial (relações comerciais e financeiras);
● Fortalecimento das relações internacionais;
● Intensificação da produção e do consumo de bens e serviços;
● Avanço tecnológico nos meios de comunicação e nos transportes;
● Instantaneidade e velocidade das informações (por exemplo, via Internet);
● Aumento da concorrência econômica e do nível de competição;
● Eliminação das fronteiras comerciais;
● Ampliação do uso de máquinas na execução de tarefas;
● Crescimento da economia informal;
● Valorização de mão de obra qualificada;
● Maior privatização de empresas estatais.

Desdobramentos na atualidade

A distinção dos conceitos através de exemplos da atualidade - 


Exemplos de Globalização 

● A empresa não se limita a um único país, seja no processo de venda ou de produção. Uma indústria pode fabricar o mesmo modelo de automóvel em montadoras que estão localizadas em diferentes países, e depois vendê-los a outros países; 
● A integração de pessoas do mundo inteiro que conseguem se relacionar de forma direta, independente da distância que exista entre elas, através das tecnologias de informação e comunicação; 
● As doações que podem ser realizadas pela Internet ou telefone, em qualquer parte do mundo, como as que são feitas para ajudas humanitárias, também retratam o conceito de globalização.


Exemplos de Mundialização 

● A utilização do jeans no mundo inteiro. Mesmo sendo um tecido quente, o jeans virou um modo de vida, de estilo e até de necessidade do padrão de se vestir, passando a ser um grande exemplo de mundialização;
● As redes de fast-food que comercializam comidas consideradas típicas de outros países, como hambúrgueres e comidas orientais;
● A realização de festas tradicionais de outros países, como o típico Halloween;
● A incorporação de hábitos específicos de leituras, como os mangás. 


Exemplos de Internacionalização 


● Comercialização de produtos e serviços por empresas no mercado externo via exportação, e também abertura de filiais em outros países;

● No âmbito do ensino, podemos citar as Universidades e suas práticas recorrentes de intercâmbio; a aceitação de dupla titulação, ou seja, o reconhecimento de uma formação acadêmica que foi realizada no país de origem juntamente com outro país; parceria com Universidades estrangeiras para realização de projetos e também outras relações que envolvem dois ou mais países;
● A internacionalização também acontece nas escolas particulares de ensino fundamental e médio através do ensino bilíngue; e também através do programa High School, em que o aluno realiza uma parte ou todo o ensino médio no exterior em uma instituição conveniada.


Materiais Relacionados:

· FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. Aula sobre Globalização. Brasil Escola. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/aula-sobre-globalizacao.htm. Acesso em: 10 jan. 2020.

· FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. O que é Globalização. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-que-globalizacao.htm. Acesso em: 10 jan. 2020.

· FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Globalização. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/globalizacao.htm. Acesso em: 10 jan. 2020.

· BEZERRA, Juliana. Globalização. Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/globalizacao/. Acesso em: 10 jan. 2020.

· CARDOSO, Marcelo. Mundialização. Disponível em: http://www.trabalhosescolares.net/mundializacao/. Acesso em: 10 jan. 2020.

· TEIXEIRA, Juliane Marise Barbosa. et al. Mundialização versus Globalização: a economia baseada no conhecimento como condutor da inovação. Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil. 2015. Disponível em: https://singep.org.br/4singep/resultado/436.pdf. Acesso em: 10 jan. 2020.

· TIISEL, Fernanda Leopoldina Dutra Brandani. Mundialização da economia: impactos no consumo e na valoração do trabalho humano. 2018. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/arquivos/2018/4/art20180419-01.pdf. Acesso em: 11 jan. 2020.

· A globalização do mundo actual. Globalização x Mundialização. 2007. Disponível em: http://aglobalizacaoeomundoactual.blogspot.com/2007/05/globalizao-x-mundializao.html. Acesso em: 11 jan. 2020.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Impotente refém

Impotente refém  

Queria ser senhor do tempo!
Ter tempo!
Dar tempo!
Compartilhar tempo!
Esperar, programar...
Oportunizar tempo! 
A quem não tem 
A quem julga não ter 
A quem imputa seu padecer 
A quem generosamente... 
Dedica seu tempo 
E faz de mim o movimento... 
Do pêndulo contínuo... 
Que contou meu tempo... 
De menino... 
E de mim forjou... 
A caricatura imperfeita 
Que a única certeza é:
Ser impotente refém do tempo!!!

(Jean Carlos Gonçalves)