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sábado, 4 de maio de 2019

Freguesia de Sancta Cruz da Barra do Corda e seu 184º Aniversário.

Por Creomildo Cavalhedo Leite.


Barra do Corda - Ao ler tua História na contextualização temporal de outras Povoações e Vilas da época do Brasil Império, tive a oportunidade de perscrutar teu passado longínquo, vislumbrar teus feitos heroicos exarados em livros e jornais antigos, fragmentados pela passagem do tempo, quais pergaminhos antigos, cuja importância é totalmente reconhecida pelos arqueólogos-garimpeiros colecionadores e apaixonados pela História.

A conjuntura permitiu descobrir, aprender, sobre muitos fatos e personagens históricos, cuja epopeia dos teus filhos e/ou sitiantes do passado, seus nomes há muito saíram de cena e permanecem no baú do esquecimento de teus filhos, no tempo presente.

Portanto, hoje é oportuno de trazer à luz, uma página do livro do Alçapão Tempo e reviver uma lembrança que, marcou teus alicerces na memória coletiva dos teus Cidadãos e que, servirá de farol e dado comprobatório, para que, perquiridores no futuro possam conhecer melhor o teu passado.

Eis a narrativa, e publicada na Imprensa da Província de Pernambuco, no dia 4 de junho de 1860, trazendo ao conhecimento dos seus leitores:
‘Maranhão - o Relatório com que o Excelentíssimo Sr. Dr. João Silveira de Souza, Presidente desta Província, abrío a Assembléa Legislativa Provincial no dia 3 de Maio do corrente Anno.’
Este é o título introdutório da matéria contida no presente relatório, o qual é bem extenso, portanto irei direto ao texto que registra para a posteridade os seguintes fatos: 

‘Casa da Câmara, Jury e Cadeia da Barra do Corda. – Foi a construção desta casa necessária naquele Termo, incumbida a uma Commissão composta do Juiz de Direito, José Ascenso Costa Ferreira, do Juiz Municipal, Reynaldo Francisco de Moura e do Cidadão João da Cunha Alcanfor, a disposição da qual mandou a Presidência por a quantia de 5:000$ (Cinco Contos de Réis).

‘Segundo informa a Comissão, está sendo construído este edifício com 90 palmos de frente e 60 de largura, e já estão todos os alicerces fora, quer das paredes divisórias, quer das principaes, tendo os mesmos alicerces 8 palmos no fundo do edifício e 16 na frente por causa do terreno, que, além de ser desigual e frouxo; e já há dous e meio palmos de parede sobre eles. A cal tem sido remettida desta Capital (São Luis), e como declara a Commissão, que fez encomenda de 1.000 alqueires e quinhentos que já recebeu, inclusive o transporte, foram ali postos pela quantia de 750$ importando assim cada alqueire em 1$500
A somma de 5:000$ está quase esgotada, e a Commissão, cujas contas aguardo, pondera os inconvenientes, que hoje resultariam de não se dar andamento a esta obra, depois do que se acha feito, e pede para esse fim a quantia de 2:000$ que não tenho podido prestar á vista do estado dos cofres do Thesouro.’ (Diário de Pernambuco, 4 de junho de 1860).

Parabéns Princesa do Sertão, e estendo o meu caloroso abraço a teus filhos espalhados pelos diversos quadrantes do Brasil, e deixo aqui expresso o carinho e meu forte sentimento pela nossa Terra rica em belezas naturais e de tantas histórias.

Palmas – Tocantins, 03 de maio de 2019.

Creomildo Cavalhedo Leite.
Creomildo Cavalhedo Leite, pesquisador e historiador,funcionário público lotado na Agencia de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins-ADAPEC-TO,