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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A PARÁBOLA DA TAMAREIRA


Existe um ditado árabe que diz: “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras!”

Isso porque antigamente as tamareiras levavam de 80 a 100 anos pra produzir os primeiros frutos. Atualmente, com as técnicas de produção modernas, esse tempo é bastante reduzido, porém o ditado é antigo e sábio.

Conta-se que certa vez um senhor de idade avançada plantava tâmaras no deserto quando um jovem o abordou perguntando: ´Mas por que o senhor perde tempo plantando o que não vai colher?´

O senhor virou a cabeça e calmamente respondeu: “Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras”.

Tradução: não importa se você vai colher, o que importa é o que você vai deixar… Cultive, construa e plante ações que não sejam apenas para você, mas que possam servir para todos e para o futuro.

domingo, 19 de novembro de 2017

A NOITE E OS VAGALUMES


A NOITE E OS VAGALUMES 
Noite, cujo o delicado véu
Oculta o palco do teatro
De vagalumes-andantes
Oscilantes, sedentos...
De luz mais brilhante.

Noite, que sem anunciar apresenta
Vacilantes vagalumes-atores que descortinam
O palco de seus próprios dramas
Na busca desesperada
De fazer ao menos comédia cômica.

Noite, que testemunha
Sátiras dos infortúnios inesperados
Ou das tragédias anunciadas
Mas que a espreita assiste
O espetáculo dos vagalumes-alados.

Noite, que convida as estrelas-vagalumes
Para pontilhar de luzes
O céu e os jardins dos alucinados amantes
Que impacientemente, ansiosamente
Aguardaram a noite chegar.

(Jean Carlos Gonçalves)

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A TECITURA DA TECELÃ


A TECITURA DA TECELÃ
Enquanto ela navega nos fios de Aracnê
Desafiando Atena e sua suposta sabedoria 
Eu navego nos fios de meu infértil narcisismo
Ela tece a teia que passa pelos interesses 
Pelos desejos de quem não sabe fiar
Nem tão pouco tecer.

Então, assisto ela entregar o novelo de Ariadne
Para qualquer Teseu derrotar o Minotauro.
Os Teseus embora vitoriosos na batalha
Não correspondem ao desmanchar do novelo
Eis que surge Dionísio.

Ela também Penélope, continua sua TECITURA
Tal como Ulisses na sua épica viagem 
Segue sua Odisséia em meio a tempestades
Por 20 longos anos se livra das maldades
E ao mundo presenteia com sua fidelidade 

Eu teço a história que muitos não compreendem 
Ela tece com o conteúdo da narrativa de Sherazade. 
Os Teseus, jamais o Sultão!
Por "mil e uma noites"...
Todos eles querem saber o desfecho final.

(Jean Carlos Gonçalves)

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

MEU DELEITE


MEU DELEITE 
Meu deleite...
É o teu honesto prazer
É o êxtase de tua satisfação 
O ápice da exortação 
De tuas cargas negativas 
Para que com leveza
Tu se agarres a mim
Fazendo também oferenda 
De teu mais profundo 
E sincero amor!

(Jean Carlos Gonçalves)