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quarta-feira, 21 de junho de 2017

MEUS CAMPOS...


Meus campos...
São como os teus claros olhos
Permitem um mergulho profundo
Na projeção tridimensional
Em que reconstruo o meu mundo.

(Jean Carlos Gonçalves)

domingo, 18 de junho de 2017

À BEIRA DO LAGO


À beira do lago...
A brisa faz ondular
As águas e a relva... 
As longas madeixas da saudade,
Os galhos da árvore da minha existência
Suportam a agitação dos eloquentes bravios ventos.

À beira do lago​...
Miro o olhar na imensidão
Os olhos mergulham no horizonte
Embevecido, contemplo o espelho que reflete
O límpido azul celeste!

À beira do lago...
A luz repele
O voraz esquecimento
Reacende a tocha incandescente
Que desperta
As adormecidas lembranças
No universo​ de minha memória.

À beira do lago...
Reconheço a minha pequenez neste plano,
A Minha impotência
Ante a exterioridade das forças
Que condicionam meu destino
E minhas próprias vontades.

À beira do lago...
Esqueço o que preciso esquecer...
Alimento-me das memoráveis proezas.
Aí sou mais humano...
Sou mais feliz...!!!

(Jean Carlos Gonçalves)


quarta-feira, 14 de junho de 2017

MEMÓRIA

Abraço-te com toda força.
No incontido desespero,
Do medo de perder-te.
Agarro-me a ti!
Não posso desprender-me...
Em ti tenho a certeza:
De continuar tendo
Consciência de mim mesmo
E do meu lugar
Neste mundo.

sábado, 10 de junho de 2017

A LUZ DOS VENTOS!

Vou abrir suave zmente
As portas da minha casa
Vou permitir que os ventos
Adentrem, invadam as áreas,
Violem as salas e quartos...

Vou abrir os armários,
As vidraças opacas
Aí serão mais transparentes
E a copa-cozinha mais reluzente
Tudo menos sombrio, finalmente...

Os ventos trarão mais cores
Daí poderei olhar
Para a claridade 
Que há de galantear 
Meu íngreme caminho.

Vou romper o meu casulo
Pois quero aqueles ventos
Somente eles levam
A ávida inconsequência
E a vil alucinação.

Sopros sedimentares da Criação
Que fertilizam meu chão
Semeando-o de esperanças
Florindo vigorosamente
Os jardins das virtudes adormecidas.

Quero aqueles ventos
Aqueles que deveriam ser em maio...
E o maio não me trouxe
Porque ingenuamente
Não abri as portas e janelas.

(Jean Carlos Gonçalves)