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sábado, 30 de setembro de 2017

Riacho Tuntum... In memoriam!

Por Jean Carlos Gonçalves.
Jean Carlos e Luís Augusto, no antigo canal do Riacho Tuntum.
Talvergue (antigo leito) do Riacho Tuntum 
No expirar da tarde derradeira deste mês de setembro, o cinzento pôr-do-sol traduz o sentimento de tristeza, que somente pode ser relativizado pelo sorriso espontâneo e a inocente alegria de meu filho, Luís Augusto.

Hoje, retornei a um velho cenário que sempre habitou a minha memória, mas que se encontra totalmente desbotado, desfigurado. Uma verdadeira usurpação das belas cores de tempos idos. 
Como fica o canal do Riacho Tuntum durante a maior parte do ano
Não reencontrei mais meu "Rio do Japão." Ele se quer agoniza. Já não está mais entre nós. Aquele que somente no primeiro quartel dos Novecentos passou a ser denominado Riacho Tuntum. 

Fico tentando reconstituir em minha memória como os seus ignorados pioneiros desbravadores, ainda no século XIX, teriam reagido ao se depararem com o então caudaloso e piscoso tributário da margem direita do Flores. 

O espanto, a admiração daqueles que o desbravaram pelas suas margens ou pelo seu próprio talvergue, recoberto pelas gameleiras que ora vivem solitárias, daria lugar ao mesmo sentimento de desilusão e tristeza, que de mim hoje se apoderou. Tristeza que por instantes se fizeram camuflar diante do encantamento que a floresta sem o velho riacho proporcionou ao meu pupilo. 




Ah! Se Luís Augusto tivesse conhecido o cenário vivaz de outrora, compartilharia de minha resignação.  Porém, do alto de sua inocência não podia exigi-lo. Assim, por breves momentos, entrei em seu universo para não assistir seu sorriso desmanchado. Incorporei o menino de 30 anos atrás e com ele brinquei por alguns instantes. Não poderia roubar o momento mágico de uma criança mergulhada na era digital, que nunca pescou às margens, das ribanceiras do riacho, nem se pendurou em cipós ou galhos da copa das árvores que o sombreava e que fazia mais exótico.
À direita, uma relutante gameleira.
Fiz relativamente bem esse papel antes ser consumido novamente pelo estado de tristeza, mas com o mínimo de lucidez para explicar ao meu filho como era o nosso riacho, o que levou à sua morte (durante a maior parte do ano), o que deve ser feito para preservar os mananciais, o meio ambiente e o que se pode fazer para tentar ajudar a própria natureza se regenerar das agressões sofridas pela ação do voraz homem. 

Entretanto, a efetivação de todo o exposto, como dizia um abalizado professor: "Aí é um outro viés.". Contudo, o velho riacho continua habitando em minha memória.

Homenagem de Remy da Mata a Miguel Pessoa

Por Remy da Mata.
Miguel Pessoa e Remy da Mata, no santuário de Nossa Senhora, na residência de Miguel.  Fonte de tempos imemoriais que o empresário preserva.
Miguel pessoa, é um grande empresário que veio da roça, sua principal ocupação era a lavoura o cabo da enxada, da foice e do machado. Saiu em busca de emprego e tornou-se bancário. 

Como bancário, laborou em diversas cidades. Ao deixar a Instituição bancária decidiu, com a ajuda da esposa, abrir um pequeno negócio no ramo de mercearia. Jogando e apostando toda suas cartas, suas reservas econômicas, investiu tudo que tinha nesse seu novo projeto de vida. Tudo começou em um pequeno espaço com pouco mais de 180 metros quadrados, que o casal o denominou de MINI BOX BRUNA. 

Apostando no seu tino empresarial, Miguel trabalhou de domingo a domingo mergulhando de cabeça no seu novo negócio. A esposa sempre ao seu lado (e não atrás), fizeram do seu empório um ponto comercial de muita importância com gêneros diferenciados das mercearias tradicionais já existentes, afinal, o seu supermercado representa a inovação do setor comercial na cidade. 
Miguel Pessoa ladeado com sua esposa Maria das Graças, a Gracinha Pessoa, proprietários do grupo MG.
Seu pequeno embrião cresceu com credibilidade, aumentando o seu conjunto de clientes. Hoje, o supermercado MINI BOX BRUNA, complexo do grupo MG, suas empresas MG são as iniciais de seu nome e da sua esposa Graça ("Uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar! É muito mais valiosa que os rubis." Provérbios 31:10), é o maior da cidade de Tuntum. 

A visão de negócios desse grande visionário empreendedor, é extraordinária  e se resume também em, geração de empregos, renda e de impostos.

Miguel defende que toda organização pode e deve contribuir para a transformação socioambiental. Essa sua postura de homem com raízes fincadas no campo, baseada na sustentabilidade, com respeito ao meio ambiente, com o lucro que veio da pequena mercearia, começou a investir, comprar terras, terrenos e passou a construir tanto suas fazendas como seus imóveis. 

A sua residência está encravada, sua morada foi construída na rua Isaac Ribeiro antiga quinta do ex prefeito Ariston Léda, pasmem! No pátio de sua residência tem uma nascente D'Água. É exatamente nesse átrio onde nasce o minador do córrego que banhava a grota que desaguavam no poço do velho Jorge, uma água fria, límpida, inodora, cristalina e de Mesa. Miguel apreserva e transformou essa fonte, essa dádiva divina, numa gruta colocando nesse santuário, acima do aquífero, um pedestal com a imagem de Nossa Senhora, nossa Mãe e da natureza. Ao redor da nascente abençoada pela Mãe divina, ele construiu muro de arrimo com uma piscina natural abastecida com o líquido precioso que brota e jorra dessa nascente divina. O local para os amantes da natureza, para os que acreditam na criação divina, o atriário da residência do empresário é um sacrário indiscritível. 

Enquanto os empresário do passado acabaram com as nossas riquezas hídricas, fauna e flora, o mais gritante foi ferir de morte o nosso riacho (Tuntum), nosso ecossistema, que hoje agoniza no seu leito de morte. O nosso Ribeiro hoje é depósito de lixo, fossas, sujidades, imundices de toda espécie faz parte do seu canário do riacho. 

As dificuldades que esse grande empreendedor passou na vida, lhe servirão de lição, foi sua faculdade da vida, os ensinamentos da labuta diária, o tornou um persistente com aptidão para os negócios bem sucedidos. 

Parabéns Miguel Pessoa! Você como Pessoa e os Pessoas hoje trilham com muito sucesso no ramo empresarial, na geração de empregos e renda, são sucessos obtidos pela tenacidade, perseverança , a aferro e afinco, sucesso abençoado pela mão divina, sem as facilidades advindas das mãos suja desse governo repugnante, vil. Você merece todos nossos aplausos. Muitas palmas!!!
O escritor Remy da Mata, contemplando a nascente natural da residência de Miguel Pessoa. 

domingo, 10 de setembro de 2017

TUNTUM - A REDENÇÃO DOS SILENCIADOS!


TUNTUM – A REDENÇÃO DOS SILENCIADOS!

Uma cidade...
Casebres, casarões e telhados!
Ruas, passeios e praças...
Oficinas da vida de um povo...!
Que pelas artérias, desfilam...
Entre eles não há coadjuvantes ou figurantes.
Todos são atores protagonistas. 

São artífices do futuro,
Jornaleiros do presente,
Antes, são reflexos distorcidos do espelho
De velhos intérpretes da Urbe...
Muitos esquecidos, ignorados
Velada ou desveladamente...
Cuidadosamente, silenciados.

Do Morro da Piçarra,
Miro naqueles casarões,
Nos telhados, cabelos da cidade!
Fixo o olhar nas copas
Das remanescentes árvores
Acalentadas pelos ventos,
Que também afagam inominadas faces.

Do Alto da Boa Vista,
Ouço surdos gritos
De gente desesperada, prisioneira...
No calabouço do tempo.
São aqueles velhos atores
Que na ignomínia padecem 
Nas galés do vil esquecimento.

Evocai então os antigos!
Tornai audíveis seus desesperados gritos...
Valha-te de um lampejo de lembrança
Daqueles que desfilaram pelas ruas
No nosso, no teu tempo de criança
Daqueles que teciam o cotidiano
Com o peito carregado de esperança.

Que a pulsação – TUNTUM
Tenha a substância da matéria,
Da fibra dos aguerridos homens e mulheres
No bojo do mais remoto passado!
Com todos os sobrenomes,
Que nesta prometida terra
Deixaram a força de seu magistral legado. 

Para que do mirante da Caixa D’água
Ao cume do Monte da Paz
Se contemple o vale do Riacho de outrora
Onde destemidos desbravadores, teus ancestrais!
Com sangue, suor e lágrimas...
Regaram este fértil solo e te fizeram
TUNTUM, ABENÇOADA CIDADE!!!

Assim, teus filhos conhecerão a luz...
Habitarão sua própria memória!
Ofertarão a justiça aos desvalidos
Àqueles que ora se ignora
Libertarão todos os prisioneiros
Dos grilhões, farão buquês
Das mais perfumadas rosas!

Então, o rebuliço da cidade
Legitimamente alegre o será
Quando os marginalizados da história
Estiverem no mesmo patamar
Daqueles fidalgos maiorais,
Cujo privilégio será reconhecer
O valor de cada um.

Ademais, basta a paisagem:
A fauna, a flora, a aurora desta parte
As manhãs ensolaradas
As brisas da primavera e do outono
O Pôr-do-sol que deslumbra os olhos
No poente que aguaça a saudade
Ou a imponência deste céu estrelado


Tudo faz de ti, TUNTUENSE
Um ser mais abençoado!
Forte, lutador, exalado de coragem!
Relutante, perseverante, resistente...
Obstinado malabaristas nas intempéries da Mata, da vida
E que da cartola encantada tira a alegria,
Matéria e essência para a necessária alquimia

Para poetas e apaixonados
Declamarem TUNTUM com CIÊNCIA e POESIA!

(Jean Carlos Gonçalves)


sábado, 9 de setembro de 2017

UMA OPORTUNA PROVOCAÇÃO!

Mapa de 1892. Amplie e visualize a região entre as
ribeiras do Itapecuru e do Mearim, no centro-maranhense, 
         Como é bom saber que não estamos sozinhos nessa caminhada...
Neste 2017 tive a felicidade de encontrar Creomildo Cavalhedo. Pesquisador abalizado, Guardião da Memória do nosso amado Sertão. Antes disso, é sobretudo, filho deste Sertão, desta parte da Mata do Japão. Hoje, Cavalhedo com seus apontamentos, instiga-nos, induz-nos agradavelmente a bater a poeira da estante da história para buscar no álbum da memória imagens esquecidas, silenciadas, ignoradas...!!!

         Deleitem-se!!!

"Tuntum... Tun tum... Ou Tumtumtum...

         12 de setembro de 1955 - Fostes Emancipada, viestes após longa gestação, desde dos teus primeiros Povoadores, verdadeiros Desbravadores Pioneiros, homens de Honra e Garra. 

        Os teus ricos mananciais, tuas férteis terras, tua fauna e tua flora, transmitiram aos primeiros que vieram um misto de alegria e um delírio comparável aos espias de Israel quando avistaram a Terra Prometida, que manava leite e mel. 

         Dos teus, muitos mananciais quero citar um em Especial, àquele que deu nome para toda este belo quadrante Territorial, que é o chamado: Riacho Japão, que mais tarde seria conhecido como Território Fértil do Japão. 

       Tua história, retroage a muito mais de um Século da tua histórica Emancipação que, ainda permanece sobre Ti, um véu qual uma sombra, que teima continuamente fazer-te permanecer coberta pela na noite escura do esquecimento, todavia, muitas mãos e mentes trabalham na perquirição documental para fazeres emergir aos olhos desta geração que teu legado é rico e honrado. 

         Parabéns, Ribeira do Japão, Terra dos meus ancestrais... 

         Ontem.... Fostes Tumtumtum... 

         Hoje, Cidade de Tuntum! 

         Parabéns Povo Tuntuense! 

         Palmas-Tocantins, 9 de setembro 2017.

         Creomildo Cavalhedo Leite."

      Tais apontamentos são de fato um presente para os filhos de Tuntum buscarem uma melhor compreensão de suas origens. Tuntum urge por um espelho de que reflita sua própria face com mais fidedignidade.

        Portanto, digo: Muito Obrigado, Cavalhedo*! 
        Pela oportuna provocação!!!


Creomildo Cavalhedo Leite
____________________
*Creomildo Cavalhedo é filho do município de Barra Corda-MA, atualmente residente na cidade de Palmas-TO, onde é servidor da Secretaria Estadual de Agricultura daquele estado. Amante das LETRAS e da PESQUISA HISTÓRICA, Cavalhedo é antes de tudo um sertanejo que ama e investiga suas raízes sertanejas, sobretudo, sua ancestralidade.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O coronel Drº Alberto Nasser e seu retorno a Estação TUNTUM


Em pé da esquerda para a direita: Chico Cunha, Edino Gonçalves, Noredinho Andrade, Ligon Andrade, Coronel Drº Alberto Nasser, Ranieiro Uruçu, Paulino Matos, Eliezer Matos, José Gurgueia (Zé Brugué), Raimundo Cunha e José Ururuçu Neto.
Sentados: Julive Andrade, Paulinho Andrade, Neto Tavares e Cícero Cunha.
 
A vida é uma viagem, cuja estação de partida e força motriz são completamente externos a nossa própria vontade. Mas, ao sair da primeira estação, se chagará a tantas outras, em que as sucessivas experiências e intervalos entre uma e outra, se constituirá num gradativo e contínuo processo de acumulação de conhecimentos que serão substanciais para continuar visitando inéditas estações, e, a partir daí, não estar totalmente refém do acaso ou do destino pré-determinado, como na primeira estação.

São tais experiências, muitas vezes representadas na gente alegre que se encontra a cada chegada, ou naquelas pessoas, cujas lágrimas da indesejada partida, faz de cada um de nós, depois um tempo e com a devida maturidade, um pouquinho mais protagonistas de nossa viagem existencial.

Segue-se o caminho e para trás ficam boas lembranças, belas e saudáveis amizades, saudades alimentadas pela distância física e temporal, que ganham mais acurado sentido pelos ideais e sonhos atingíveis, ou mesmo, pelas oportunas utopias que tanto impulsiona o HOMEM a buscar o NOVO. Contudo, somente as almas nobres conseguem desejar inéditos desafios, a realização de almejas proezas, sem naturalmente, esquecer o que ficou para trás, especialmente, as pessoas e os amigos que lhe deixaram marcas indeléveis, e foram em grande parte, propulsores em sua jornada. 

Felizes são os que lembram, os que habitam sua própria memória, os que reconhecem a importância do vivido, de cada pessoa, de cada amigo encontrado e deixado ao longo do caminho. Mas, muito mais felizes são os que têm a oportunidade de chegar ao ápice e retornar as velhas e saudosas estações, e sobretudo, poder manifestar o majestoso sentimento de GRATIDÃO para com aqueles que lhe ajudaram a trilhar o caminho do BEM, assim como compartilhar dos louros das vitórias.
Major Alípio Alves e Coronel Dº Alberto Nasser
Por efeito, consideramos o coronel Drº Alberto Nasser Duarte dos Santos um abençoado representante do grupo dos legionários que realizaram auspiciosas e gloriosas façanhas, bem como o privilégio de retornar às antigas estações, em especial, a ESTAÇÃO TUNTUM. E rememorar com aprazível sabor de alegria, tempos idos, intensamente vividos, ao lado de grandes e inesquecíveis amigos.

A Estação Tuntum ficou mais alegre, radiante, vibrante com a presença marcante desse renomado médico endoscopista, que também carrega a insígnia da briosa POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO. Que orgulho!!! 

Orgulho pelas suas honrosas conquistas! Orgulho por saber que do lugar que se encontra é um instrumento e promotor do BEM! Orgulho pelo exemplo! Especialmente, para os jovens que anseiam por vitórias via EDUCAÇÃO! Orgulho pelo gesto de grandeza para com os seus AMIGOS DE TUNTUM! 
Major Alípio Alves, cel Drº Alberto Nasser e Drº Chico Cunha
Sua estada entre nós novamente, fora uma aula de humanismo e cidadania, pela capacidade de externar sincera GRATIDÃO, com serenidade, leveza, generosidade, humildade e emoção. Pois as lágrimas incontidas que rolaram sobre sua face é a máxima demonstração do HOMEM valoroso, honrado e forte, que encarna, posto que, somente os verdadeiramente fortes reúnem em si tantos atributos.
Cícero Cunha, cel Drº Alberto Nasser e Ligon Andrade
Assim sendo, os Amigos da Estação Tuntum, agradecem ao nobre coronel Drº Alberto Nasser, pelo respeito, consideração e amizade a nós dispensada e lhe parabenizamos por ter alimentado sua memória por tantos anos, nos presenteando com o sublime reencontro, fazendo despertar em todos o desejo de oportunamente revisitar antigas e saudosas estações. Afinal, são mais de quatro décadas de saudades e verdadeiramente felizes são os que partem e regressam!

UM FRATERNAL ABRAÇO!
DOS AMIGOS DA ESTAÇÃO TUNTUM-MA!!!