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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

LÁGRIMAS

LÁGRIMAS
As gotas de orvalho...
Da noite de teus olhos...
Pecipitam-se, silenciosamente...
Na relva de tua enigmática face."
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JCG

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A VOZ DA LIBERDADE

A VOZ DE LIBERDADE
Sou o brado de luta
A voz da resistência
Que jamais silencia
Diante da vil truculência
Do chicote que açoita
A alma indefesa, sedenta

Sou o grito que ecoa estridente
Bálsamo dos cativos impotentes
Timbre que rompe as correntes
Que implode o pelourinho
E espedaça os grilhões
Antes da pena e do pergaminho.

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(Jean Carlos Gonçalves)

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

OS 76 ANOS DA PRIMEIRA MISSA EM GRAÇA ARANHA E O BATISMO DE ANTÔNIO DO DIONÍSIO

Por Jean Carlos Gonçalves
Lembrança de batismo de Antônio Pereira da Silva, em cerimônia da Primeira Missa realizada no Centro dos Periquitos, atual sede do município de Graça Aranha-MA.
Neste 15 de novembro, para o graçaranhense, deve ser um dia que lembra muito mais do que a Proclamação da República do Brasil, instaurada há 130 anos. Compete ao povo reverenciar um marco importante da história local, pois completa-se 76 anos da Primeira Missa celebrada no Centro dos Periquitos, atual sede do município de Graça Aranha-MA.

No afã de buscar respostas para os questionamentos e inquietações acerca de nosso passado, conseguimos descobrir, com a ajuda dos guardiões da memória, um importante documento que se encontra na posse do primeiro cristão batizado no antigo Centro dos Periquitos.

Trata-se de uma lembrança de batismo do Sr° Antônio Pereira da Silva, o Antônio do Dionísio, nascido no Centro dos Periquitos em 19 de outubro de 1943, e que fora batizado antes de completar um mês de vida, em 15/11/1943, pelo Padre Eurico Borgéa, vigário da Paróquia de Colinas-MA.
Antônio Pereira da Silva, o Antônio do Dionísio, 76 anos, lavrador aposentado e ex-liderança do Sindicato dos Trabahadores Rurais de Graça Aranha-MA. Batizado na Primeira Missa realizada no Centro dos Periquitos, atual cidade Graça Aranha em 15/11/1943.

A montaria, como normalmente se fazia os percursos pelos sertões e, por conseguinte, as missas em desobriga, Padre Eurico Borgéa,  chegou com sua comitiva para realizar aquela que seria a Primeira Missa no Centro dos Periquitos, conforme registramos acima. Na mesma ocasião, o Vigário da Paróquia de Colinas, propôs a mudança do topônimo de Centro dos Periquitos para Palestina, uma vez que os membros da comunidade pronunciavam o antigo termo com fonética "distorcida" (Priquitos), causando desconforto aos defensores da moral e bons costumes. Então, debaixo daquela capelinha coberta de palha, sem paredes, o Padre realizou uma espécie de plebiscito, e em homenagem à Terra Santa, o lugar passa a ser denominado Palestina, sugestão do religioso que fora aceita pelos moradores do lugar sem ressalvas. 

Em poucos anos o povoado prosperou atraindo muitas famílias, especialmente flagelados das periódicas secas nos demais estados nordestinos, especialmente, cearenses, piauienses e norte-riograndenses, o que credenciou sua elevação à categoria de Distrito do município de Curador (atual Presidente Dutra) e, posteriormente, passando aos domínios territoriais do recém emancipado Pucumã (São Domingos) em 1952. 

Na década de 1950, com uma vida social e comercial cada vez mais dinâmica, surge a proposta de emancipação política, pelo então Deputado estadual, o colinense Orleans Brandão. Apreciada e aprovada a emancipação pela Asssembleia Estadual em 1959, sugere -se para o novo município, a mudança de topônimo, que passa a ser Graça Aranha, em homenagem ao renomado escritor, autor de Canaã, o ludovicense José Pereira da Graça Aranha, grande protagonista da Semana da Arte Moderna de 1922 .

Desse modo o ECOS DE TUNTUM, congratula esse grande graçaranhense, Antônio Pereira da Silva, o Antônio do Dionísio, lavrador aposentado e ativista pelos direitos dos trabalhadores rurais do município. Homem simples, humilde, cuja vida laboriosa fora assentada nos valores mais nobres e que tanto simboliza nossa gente. 

O parabenizamos pela data de aniversário de batismo, e por carregar essa simbólica marca viva de tão importante fato, que se impõe como patrimônio histórico de Graça Aranha-MA.

domingo, 10 de novembro de 2019

PARABÉNS, SANTA FILOMENA DO MARANHÃO!

Por Jean Carlos Gonçalves.
Praça Padroeira Santa Filomena
A posteridade conhecerá 
A saga de seus ancestrais
Seus caminhos percorridos
Suas batalhas triunfais

Sua origem, ora confusa
Causa desconforto e estranheza
Será posta à luz
Com a devida clareza.

Para fazer justiça aos pioneiros
Postar-lhes em lugar de dignidade
Seja o pioneiro José Tibúrcio Feio
Seja a tríade irmandade!

Aqueles que cumpriram a profecia
A divina anunciação
Do Oriente os três reis magos:
Viriato, Liberato e Esperidião.

Que da ribeira do Parnaíba
Da fazenda Saquinho abriu caminhos
Para o gado e arapuás
Escreverem antigos pergaminhos

Registros sem pena e tinteiro
Na labuta do sertão
Partiram para este Eldorado
Zona fértil da Mata do Japão

Deixaram sua casa e parentela
Tal qual Abraão
Para numa rica terra
Construir grande nação.

Numerosa e abençoada prole
Cumprimento da bendita profecia
Sob os auspícios de Deus,
Santa Filomena, que seus filhos guia

Rebentos que herdaram a terra;
Que buscaram o mundo ganhar;
Que ecoam com orgulho
Sua insígnia de Arapuá

Mais que uma marca,
Uma fidalga honraria
Para quem no sangue carrega
A coragem e valentia

De quem desbravou a Mata
De quem semeou a terra
De quem lutou pela libertação
De quem bravamente construiu,

Santa Filomena do Maranhão!!!

(Jean Carlos Gonçalves)

Todos os direitos reservados ao autor. Lei de Direitos Autorais – Lei nº 9.610/98.

Citação deve ser: GONÇALVES, Jean Carlos.
Profº Jean Carlos Gonçalves, servidor público vinculado a Secretaria Municipal de Educação de Santa Filomena do Maranhão desde 1º/03/2001.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

CONFUSÕES


Confusões
Oh solidão! nua e crua
A complexidade, minha e sua
A vida sem filtro
Sem ninguém pra perguntar? 
Sem ninguém pra se importar! 

A tristeza de perder
O choro por não ter
Poucos assumem
Que essa é a graça de viver

A alegria de ganhar
Um sorriso de momento
São coisas passageiras
Que habitam no pensamento

A cada dia que passa... 
Uma cadeira fixa na calçada
Mostra a tênue beleza
Das confusões de uma vida passada.

(Eliel Davis Diniz Reis)

Todos os direitos reservados ao autor, conforme a Lei de Direitos Autorais – Lei nº 9.610/98.

Eliel Davis Diniz Reis

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O jovem tuntuense Eliel Davis Diniz Reis, é concludente do Ensino Médio, no Centro de Ensino Estado Maranhão, na cidade de Tuntum. O mesmo exercita sua criatividade, por meio de suas composições de letras musicais e da escrita poética.