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sexta-feira, 26 de maio de 2017

DETALHES DA REVOLUÇÃO FRANCESA EM VERSOS DE CORDEL

Esse assunto é fascinante
Que agora vou abordar
Nesses versos de cordel
Da cultura popular
É um tributo de altivez
Que soube a história mudar.

Esclareço aos leitores 
Com clareza e precisão
Que o texto ora escrito
É um resumo com emoção
Singelo tributo à França
Que semeou esperança
Com sua Revolução

Sabemos das grandes lutas
Ao longo da humanidade.
Algumas foram insólitas
Outras de grandiosidade.
Mas o que houve na França
Foi um ato de pujança
De toda a sociedade.
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Das grandes revoluções
De caráter social
A Revolução Francesa
Foi um referencial
De mudança pioneira
Muito mais que alvissareira
Na História Universal.

Era século XVIII
Imperava a hierarquia
Havia o poder da Corte
Controlando a economia
E assim o trabalhador
Muito mais que perdedor
Se humilhava à monarquia

A França absolutista
Gerava insatisfação
O tal Antigo Regime
Sem querer transformação
Em que a “nobre realeza”
Levava o povo à pobreza
Causando inquietação
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Era pouco lucrativa
A indústria, a agricultura
Cofres franceses vazios
Além de muita censura
Injustiça social
Arrocho salarial:
Um período de amargura.

Na pirâmide social
Quem mandava era a Nobreza:
Rei, marqueses, condes e duques
E o clero, com certeza.
Enquanto o trabalhador
Submetido ao terror
Mergulhava na pobreza.

Faltava democracia
O direito de votar
Camponeses na miséria
Desemprego a aumentar
Prosseguia a rejeição
Culminando com a eclosão
Da revolta popular.
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Os revolucionários 
Com muita mobilidade
Clamavam por três princípio:
O ideal de Liberdade
Igualdade para o povo
Em busca sempre do novo
E também fraternidade.

O regime repressivo
Do poder então fervilhava
Prosseguia então a França
Em um clima de guerrilha
Para quem fosse oposição
Foi criada uma prisão
Cujo o nome era a Bastilha

A quem fosse opositor
Estava marcada a sina:
Prisão política severa
Às vezes até chacina
Além de espancamento
Muita morte e sofrimento
Com o uso da guilhotina.
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O governo autoritário
A cometer seus enganos.
Os gastos da monarquia
À França causava danos
Porque contra à Inglaterra
A França perdeu a guerra:
A Guerra dos Sete Anos.

Lá nos Estados Unidos
Na Guerra de Independência
Os franceses investiram
E quase vão á falência
Muitos débitos contraídos
Afetavam os excluídos
Aumentando a decadência

Em um sete, oito, nove:
A revolta popular
Em que o povo vai às ruas
Para assim poder afastar
O rei Luís XVI
Um monarca que só fez
Toda a França fracassar
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A Revolução estende-se
Até as zonas rurais
Os camponeses então
Destroem setores feudais
Cartórios são destruídos
Castelos são invadidos
Pondo fim aos “imortais”.

A pressão é muito forte
Pelos revolucionários
Que avançavam bravamente
Depondo os reacionários
Pondo fim naquela “ilha”
Com a queda da Bastilha
Dando fim aos mandatários

Em um sete, oito, nove
Toda a França renascia
Pois em 14 de julho
A Bastilha então caía
Daí o povo francês
Disse: - chegou nossa vez
De acabar com a monarquia
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Confisco dos bens do Clero
Surge o Terceiro Estado,
Com o povo indo além
E o poder esfacelado
A Nobreza em decadência:
Era toda a efervescência
De um país mais renovado.

Foi em 26 de agosto (1789)
A Grande Declaração:
Intitulada Direitos
Do Homem e do Cidadão:
Uma lei que engrandece
Como também enaltece
O brio da Revolução.

Após a morte do rei 
O país foi renovado
O comércio exterior
Estava quadruplicado
Melhorou a economia
A França se reerguia
E o governo aclamado.
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Os portos: Marselha, Nantes,
Bordeau então floresciam
As finanças do país
Pouco a pouco emergiam.
Era a França progredindo,
Passo a passo evoluindo:
As mudanças ressurgiam.

Durante a Revolução
Tentando fugir da França
Toda a família real
Sem poder, sem esperança
Foi então capturada
E logo guilhotinada
Surgindo assim a mudança.

Quando então é abolido
Todo regime feudal
É criado a Assembleia
Constituinte, a qual
Vai reformular as leis
Construindo assim de uma vez
A justiça social.
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Aquele que desejar 
Ir além do que falei
Deve pesquisar o assunto
Porque sei que nada sei.
Sou apenas um aprendiz 
E aquilo que não fiz:
Talvez um dia farei!

Esses versos de cordel
Foi um anjo querubim
Que numa noite de sonhos
Mandou notícias para mim
Dizendo: La vi em rose
Meia dúzia não é doze:
Todo império chega ao fim!

(Antônio Carlos de Oliveira Barreto, 2009)

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