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domingo, 18 de junho de 2017

À BEIRA DO LAGO


À beira do lago...
A brisa faz ondular
As águas e a relva... 
As longas madeixas da saudade,
Os galhos da árvore da minha existência
Suportam a agitação dos eloquentes bravios ventos.

À beira do lago​...
Miro o olhar na imensidão
Os olhos mergulham no horizonte
Embevecido, contemplo o espelho que reflete
O límpido azul celeste!

À beira do lago...
A luz repele
O voraz esquecimento
Reacende a tocha incandescente
Que desperta
As adormecidas lembranças
No universo​ de minha memória.

À beira do lago...
Reconheço a minha pequenez neste plano,
A Minha impotência
Ante a exterioridade das forças
Que condicionam meu destino
E minhas próprias vontades.

À beira do lago...
Esqueço o que preciso esquecer...
Alimento-me das memoráveis proezas.
Aí sou mais humano...
Sou mais feliz...!!!

(Jean Carlos Gonçalves)


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