A NOITE E OS VAGALUMES
Noite, cujo o delicado véu
Oculta o palco do teatro
De vagalumes-andantes
Oscilantes, sedentos...
De luz mais brilhante.
Noite, que sem anunciar apresenta
Vacilantes vagalumes-atores que descortinam
O palco de seus próprios dramas
Na busca desesperada
De fazer ao menos comédia cômica.
Noite, que testemunha
Sátiras dos infortúnios inesperados
Ou das tragédias anunciadas
Mas que a espreita assiste
O espetáculo dos vagalumes-alados.
Noite, que convida as estrelas-vagalumes
Para pontilhar de luzes
O céu e os jardins dos alucinados amantes
Que impacientemente, ansiosamente
Aguardaram a noite chegar.
(Jean Carlos Gonçalves)
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