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sexta-feira, 24 de julho de 2015

POR UMA INCLUSÃO DOS JOVENS DE TUNTUM

Se quisermos ampliar o horizonte de oportunidades para os nossos jovens estudantes em Tuntum, precisamos urgentemente, atualizar nossas ações, no sentido de melhor orientá-los para que sejam ativos, participativos, engajados em sua própria causa: sua sobrevivência e seu êxito nessa sociedade competitiva e seletiva.
Vários são os programas do Ministério da Educação e de outras instituições governamentais que oferecem mecanismos para uma formação cidadã participativa, indispensável para os jovens nos dias atuais, e, para o próprio amadurecimento e fortalecimento da democracia no Brasil. Entretanto, por razões diversas, que vai desde a necessidade de aperfeiçoamento dessas políticas públicas por parte das instituições competentes, até a quase total ignorância do conjunto da sociedade civil, esses programas não são plenamente democratizados.
No Brasil, ao longo de sua formação sociocultural, sedimentou-se a ideia de que a solução dos problemas é atribuição exclusiva da classe política. Desse modo, é compreensível que a sociedade, organizada num sistema político representativo, reforce ainda mais essa postura historicamente construída,  e, aguarde como expectadora, pelas ações do Estado para solucionar os problemas, decorrentes das demandas e dos conflitos existentes. Deriva daí, o grande problema prático, que atrofia  e fragiliza nosso regime de organização: atribuir ao outro o dever de fazer. 
Tudo isso se traduz em omissão, passividade, e sendo um pouco mais ácido, covardia. Nada mais ilustrativo dessa aplicação prática de "nossa ética" do que a célebre frase dos covardes: "Alguém tem que fazer alguma coisa!".
Precisamos superar esse modelo de prática social, de homem e buscar continuamente construir uma nova mentalidade, um novo cidadão, que esteja em consonância com os postulados na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Nacional (Lei 9394/96), expressão dos nossos anseios sociais. Todavia, cabe ressaltar que é de todos a responsabilidade em promover as ações necessárias na solução das problemáticas emergentes.
Não se trata de negar as atribuições do Estado na resolução dos problemas, ao contrário, mas enfatizar que o mesmo, somente o fará, mediante a participação consciente do conjunto da sociedade civil. Do contrário, continuaremos a assistir à reprodução e ao aprofundamento das desigualdades sociais. 
Dentre os programas nessa linha de formação cidadã que o governo oferece, está o "Parlamento Jovem Brasileiro" , que é realizado anualmente e tem por objetivo possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático, mediante participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados, na qual os estudantes tomam posse e atuam como Deputados Jovens.
No último dia 22/07, a Secretaria de Educação do Estado do Maranhão - SEDUC, divulgou uma lista de:

"Doze estudantes maranhenses que tiveram seus projetos pré-selecionados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro 2015 (PJB 2015). Destes, três serão classificados para representar o Maranhão no Congresso Nacional, em Brasília, durante a edição do projeto para este ano. O resultado final do processo seletivo será divulgado no dia 17 de agosto, no portal da Câmara e na fanpage do programa. Os 12 projetos maranhenses vêm de escolas das cidades de Imperatriz, Paraibano, São João dos Patos, Bacabal, Vargem Grande, Trizidela do Vale, Vitorino Freire, São Luís e Poção de Pedras. A lista completa está disponível no portal da Secretaria de Estado de Educação. Entre os projetos do Maranhão, há o da estudante Beatriz Cabral Farias, do Centro de Ensino Nova Vitória, de Imperatriz, que sugere a obrigatoriedade para concessionárias de veículos automotores de plantar árvores para atenuar o efeito estufa e o impacto ambiental no território brasileiro.
O projeto do estudante Bruno de Sousa Noleto, do Centro de Ensino Manoel Campos Sousa, do município de Paraibano, dispõe que o político tenha um nível de escolaridade determinado e o de Giorgia de Andrade Brito, do Centro de Ensino Presidente José Sarney, de Bacabal, determina a construção de berçários em instituições de ensino público para mães solteiras adolescentes de baixa renda." (SEDUC-MA)

Ficamos muito felizes pelos irmãos maranhenses, mas nós tuntuenses devemos participar ativamente desse e de tantos outros projetos também. Temos que demonstrar iniciativa e oportunizar novos encaminhamentos aos nossos jovens, motivá-los e envolvê-los. Os filhos de Tuntum merecem e devem está incluídos nessas políticas porque é seu direito inalienável.
Os sistemas de ensino de Tuntum, devem melhor divulgar, incentivar, e exigir que as suas respectivas unidades de ensino, desenvolvam trabalhos sistemáticos voltados à inserção dos estudantes nos diversos programas governamentais, como o já citado Parlamento Jovem Brasileiro, o Projeto Jovem Cientista, Projeto Jovem Senador, as Olimpíadas de Língua Portuguesa, e tantos outros. Principalmente, as Olimpíadas Brasileiras de Matemática da Escolas Públicas, OBEMEP, que não podem ser encaradas como uma mera formalidade e/ou instrumento de avaliação dos sistemas de ensino, mas como uma mola propulsora para emancipação dos estudantes. Portanto, deve ser trabalhada sistematicamente.
As escolas em Tuntum ainda não tem uma política institucional definida, pois sua prática cotidiana não está pautada num Projeto Político Pedagógico construído democraticamente pela comunidade escolar. Pouco, ou quase nada tem sido feito para incluir os jovens do Ensino Médio de Tuntum e ninguém melhor do que a escola pra assumir a vanguarda nesse processo de mudança de mentalidade, para que os pais e a comunidade em geral, tomem consciência de sua ação, e, assim, possam participar e exigir a efetiva democratização das oportunidades.
Precisamos urgentemente de assumirmos o engajamento na luta pela ampliação de novas possibilidades alternativas para os tuntuenses, pois somente com a mobilização de todos os agentes é que teremos condições de direcionar os nossos jovens rumo a um futuro desejável.

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