À beira do lago...
A brisa faz ondular
As águas e a relva...
As longas madeixas da saudade,
Os galhos da árvore da minha existência
Suportam a agitação dos eloquentes bravios ventos.
À beira do lago...
Miro o olhar na imensidão
Os olhos mergulham no horizonte
Embevecido, contemplo o espelho que reflete
O límpido azul celeste!
À beira do lago...
A luz repele
O voraz esquecimento
Reacende a tocha incandescente
Que desperta
As adormecidas lembranças
No universo de minha memória.
À beira do lago...
Reconheço a minha pequenez neste plano,
A Minha impotência
Ante a exterioridade das forças
Que condicionam meu destino
E minhas próprias vontades.
À beira do lago...
Esqueço o que preciso esquecer...
Alimento-me das memoráveis proezas.
Aí sou mais humano...
Sou mais feliz...!!!
(Jean Carlos Gonçalves)