LUTA DE CLASSES
A história do homem é a história da luta de classes. Para Marx a evolução histórica se dá pelo antagonismo irreconciliável entre as classes sociais de cada sociedade. Foi assim na escravista (senhores de escravos - escravos), na feudalista (senhores feudais - servos) e assim é na capitalista (burguesia - proletariado). Entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, eclodindo em guerras civis declaradas ou não. Na sociedade capitalista, a qual Marx e Engels analisaram mais intrinsecamente, a divisão social decorreu da apropriação dos meios de produção por um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo expropriado possuindo apenas seu corpo e capacidade de trabalho (proletários). Estes são, portanto, obrigados a trabalhar para o burguês. Os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da mais-valia.
Leão, Stephane Pedroso. Karl Max e suas Ideologias. Disponível em: <amigonerd.net>. Acessado em jun de 2012.
EXPLORAÇÃO
Para Karl Marx a exploração é um elemento inerente e chave do capitalismo e os mercados livres. Ela é a consequência dos mercados competidores e os puramente competitivos. Afirma ainda que quanto maior a “liberdade” dos mercado, maior é a força do capital e por sua vez maior será a exploração.Na visão de Marx a exploração “normal ” esta baseada em três características:
1. A propriedade dos meios de produção por uma pequena minoria da sociedade, os capitalista.
2. A inabilidade dos que não tem propriedade (os trabalhadores) para sobreviver sem vender a força de trabalho para os capitalistas, ou seja, sem ser empregado como outros trabalhadores.
3. O Estado que usa sua força para proteger de forma parcial a distribuição do poder e propriedade na sociedade.
Fonte: Gomes, Fábio Guedes. Mobilidade do trabalho e controle social: trabalho e organizações na era neoliberal. Rev. Sociol. Polit. vol.17 no.32 Curitiba Feb. 2009
MAIS VALIA
A teoria marxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma: suponhamos que um funcionário leve 2 horas para fabricar um par de calçados. Nesse período ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par continua o mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que ele trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e aumentando os lucros do patrão.
Fonte: ECONOMIDIANDO. Marx: Mais-Valia Absoluta e Relativa. Disponível em: <economidiando.blogspot.com.br>.
MAIS VALIA ABSOLUTA
Produção de mais-valia absoluta é um modo de incrementar a produção do excedente a ser apropriado pelo capitalista. Consiste na intensificação do ritmo de trabalho, através de uma série de controles impostos aos operários, que incluem da mais severa vigilância a todos os seus atos na unidade produtiva até a cronometragem e determinação dos movimentos necessários à realização das suas tarefas. O capitalista obriga o trabalhador a trabalhar a um ritmo tal que, sem alterar a duração da jornada, produzem mais mercadorias e mais valor.
Fonte: ECONOMIDIANDO. Marx: Mais-Valia Absoluta e Relativa. Disponível em: <economidiando.blogspot.com.br>. Acessado em: jun de 2012.
MAIS VALIA RELATIVA
Quando esse método encontra os limites da extração da mais-valia absoluta: resistência da classe operária e deterioração de suas condições físicas o segundo caminho, a extração da mais-valia relativa, é que fez do capitalismo o modo de produção mais dinâmico de todos os tempos, transformando continuamente seus métodos de produção e introduzindo incessantemente inovações tecnológicas. Pois é apenas através da mudança técnica que o tempo de trabalho socialmente necessário de determinados bens pode ser reduzido. Aumentos na produtividade resultantes e novos métodos de produção, nos quais o trabalho morto sob a forma de máquinas assume o lugar do trabalho vivo, reduzem o valor dos bens individuais produzidos.
Fonte: ECONOMIDIANDO. Marx: Mais-Valia Absoluta e Relativa. Disponível em: <economidiando.blogspot.com.br>.
ALIENAÇÃO
Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, não pelo que ele é. Isso parece familiar? Pois é, vamos ver os detalhes.
O filósofo alemão concebeu diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado, em que o homem, longe de tornar-se livre, cada vez mais se aprisionaria. Mas uma alienação é básica, segundo Marx: a alienação econômica. A alienação econômica pode ser descrita de duas formas: o trabalho como (a) atividade fragmentada e como (b) produto apropriado por outros.
CONSCIÊNCIA DE CLASSE
Caracteriza a pertença, reiterada e conscientemente afirmada, de um indivíduo a uma classe social específica, que age de forma solidária e normalmente organizada, com os restantes membros, na defesa dos seus interesses coletivos e que se reflete na organização e ação político-sociais. De salientar que não existe uma relação linear objetiva entre posição de classe e consciência de classe. Para a sua estruturação concorrem aspetos como o lugar nas relações de produção - a posição objetiva -, os hábitos, os estilos de vida e outros comportamentos culturais - a posição subjetiva.
A consciência de classe é determinante para a luta de classes. Pela tomada de consciência da sua posição de classe, cada indivíduo age de forma organizada nos diversos contextos sociais, nomeadamente a nível político e laboral. Sem esquecer a importância do fator objetivo (a situação material), é necessário não desvalorizar o papel da consciência, enquanto fator subjetivo, para o sucesso de qualquer processo revolucionário, em especial quando articulado com o fator organizativo.
Por exemplo, os assalariados não se comportam de modo condizente com sua condição proletária, ou mesmo alguns deles, quando interrogados, não sabem definir-se ou afirmam pertencer ao “estrato médio”. Ou, ainda mais, classe é aquilo que a classe diz supor representar em resposta a um questionário. Mais uma vez, classe como categoria histórica, em seu comportamento através do tempo, resulta excluída.
INFOPÉDIA. Consciência de classe. Disponível em: <www.infopedia.pt>. Acessado em: jun de 2012.
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