Mapa destacado de Tuntum. |
Bela cidade com os louros da grandeza
Um povo forte que nasceu para cantar
Os seus recursos transformados em riquezas"
Na primeira estrofe do hino municipal, o autor Alter Colber de Sousa, cuidadosamente, situa Tuntum geograficamente em seu quadro microrregional (Alto Mearim), exaltando a beleza, a grandeza de sua gente, e, especialmente, dos recursos naturais com lastro da riqueza pelo trabalho de seu bravo povo.
Para quem não conhece o vasto território tuntuense, fica difícil ter uma noção mais precisa de como seus mais de 41. 000 habitantes se distribuem em seus 3. 369, 123 Km² e de como se relacionam com a biodiversidade que sua natureza lhe oferece.
Localizado na Mesorregião Centro Maranhense e na Microrregião do Alto Mearim e Grajaú, Tuntum se destaca por possuir uma dimensão espacial bem peculiar, pois em seus extremos norte-sul tem uma distância de aproximadamente 150 Km. Além disso, outro dado importante é que Tuntum possui nove vizinhos limítrofes: Barra do Corda, Joselândia, São José dos Basílios, Presidente Dutra, Santa Filomena do Maranhão, São Domingos do Maranhão, Colinas, Mirador e Fernando Falcão. Observe:
- Ao norte: Joselândia, São José dos Basílios, ;
- Ao sul: Fernando Falcão, Mirador e Colinas;
- A leste: Presidente Dutra, Santa Filomena e São Domingos;
- A oeste Barra do Corda.
Em sua extensão, seu território comporta as matas, ao centro-norte e o cerrado, ao centro-sul. Paisagens naturais essas, que contribuem substancialmente para a formação econômica, social e cultural, obviamente.
Palmeira de Buriti, típica do Sertão ou Areias, 2006
O centro-norte, onde abrange a sede do município, e vários povoados importantes, como o Ipu-iru, Cigana, Creoli do Bina, Araras, Noleto, Capim, Arroz , Centro dos Teixeira, Alto do Coco, Serra Grande, Aldeia, dentre outros, conta com uma paisagem típica da floresta Amazônica, muito embora, se perceba os efeitos devastadores do desmatamento, uma vez que, a prioridade dada à pecuária exigiu cada vez mais a ampliação das áreas destinadas às pastagens. Atividade econômica que favorece a descaracterização da originalidade da Pré-Amazônia, de tal modo, que dificilmente, os mais desavisados, não teriam, atualmente, condições de reconhecer, essa porção do município como pertencente a área da Amazônia. Contudo, ainda nas poucas áreas virgens, encontramos remanescentes da floresta nativa, entremeada de palmeiras de babaçu, na qual ainda se encontra a aroeira, o ipê amarelo, o ipê roxo, a jatobá, o cedro vermelho, a sucupira, a maçaranduba, o angico, a sapucaia, a candeia, o gonçaloalves, o creoli, a sumaúma (barriguda), a canafístula, o xixá etc. Árvores de alto porte que outrora abrigavam sob suas imponentes copas uma fauna bastante diversificada, da qual é representante a guariba, o macaco, a onça pintada, a anta, o caititu, a capivara, o tamanduá, o quati, o veado, a paca, o tatu, o peba, a cutia e inúmeros outros.
O centro-norte integra a região da Mata do Japão, denominação essa atribuída pelos colonizadores do sul-maranhense, em referência a essa porção do estado, caracterizada pela vegetação exuberante, parte constituinte também da Pré-Amazônia. Do mesmo modo, o município também faz parte da Mata dos Cocais. O babaçu é a árvore nativa mais característica do Maranhão, sendo o maior produtor dessa amêndoa do mundo.
Floresta ou Mata |
Mata dos Cocais |
Já no centro-sul, importantes e seculares povoados e lugarejos como o Belém, Marajá, São Bento, Brejo do João, Já Vem, São Loureço (Mucura), São Joaquim do Melos, Corrente, Anajá, Canto Grande, Campo Largo, São Marcos, Mangabas, Baixão, Santa Rosa, Maravilha, Mutuca, Folguedo, Furrudungo, etc., estão envoltos, também de uma paisagem natural diversificada, pois, além de se encontrar variedades da fauna e flora próprias da mata, contam com o predomínio do cerrado, contando com árvores de médio porte, como o pequi, o bacuri, a bacaba, a mangabeira, o cajuí, a braúna, a juçara, o açaí, o buriti que pontilham brejos e lagoas, comportando aves, galináceos, roedores, felinos, como o urubu-rei, a seriema, o gato-maracajá, onças, etc.
Percebe-se desse modo, de modo inconteste a riqueza da biodiversidade encontrada no território do município, o que confirma a coerência que o autor do hino municipal materialiou de sua aguçada inspiração, advinda de um cenário natural que precisa ser conhecido, reconhecido, respeitado, e, sobretudo, preservado pelas novas gerações, posto que hoje se encontra em grande parte devastado pela ação antrópica.
Profº Leno Carlos, cruzando do cerrado, no extremo sul do município FOTO: GONÇALVES, 2006 |
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