Jean Carlos Gonçalves
Tuas breves extremidades,
A grilhões rigidamente postas,
Libertas o meu mundo...
Fora de ti, sempre prisioneiro.
O mais aconchegante leito
Bálsamo de meu corpo abatido!
Suaviza minha matéria,
Serena minha alma!
Abriga meu universo!
Divã confidente de sentimentos indizíveis...
Silenciosa e generosamente assiste:
Angústias, dramas, desejos, sonhos...
E ainda, com meu ser fustigado...
Em ti, revigoro a esperança,
Tão necessária e inadiável,
Silenciada por não decodificar tantos idiomas!
E no vil exercício,
De meu mais absoluto egoísmo...
Eu te aprisiono,
Para que tu me libertes.
(Jean Carlos Gonçalves)
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